Novidades não faltam, mas a vontade de escrever sobre elas não tem sido nenhuma. Até porque, pela especificidade da situação, não posso entrar em pormenores.
No final da primeira semana se Setembro deu-se a ruptura e eu voltei às minhas funções de apenas professora. Para mim foi um alívio, tenho de o confessar. Para os meus colegas mais próximos, um desespero.
De volta à nova realidade percebi o quanto os meus colegas de escola me valorizam e me admiram enquanto profissional. Sabia que, de uma forma geral, gostavam de mim e da minha competência. Nunca imaginei ter as reacções que tive, ouvir as coisas que ouvi de colegas e funcionários que fizeram questão de me vir dizer o quanto lamentavam a minha saída. Quem ficou a perder foi a escola, ouvi diversas vezes.
O ambiente está péssimo. Eu tento manter-me afastada, mas é-me impossível. Ouço queixas de todos os lados, vejo situações que me arrepiam.
Ainda não tive cabeça para me voltar a concentrar no meu trabalho, no meu curso. Ando como se estivesse anestesiada. Mas isto vai ao sítio, já sei. Tem de ir. "Tu és muito forte", disse-me o meu colega um dia destes. Acho que sou mesmo, ou não conseguiria continuar a trabalhar todos os dias com um sorriso e uma gargalhada, tal como tem acontecido. Porque as lágrimas guardam-se para casa ou para as pessoas mais próximas.
Quanto ao meu colega, tenho saudades de trabalhar ao lado dele e com ele. É raro o dia em que não nos falamos ou estamos juntos, mas é diferente. Percebemos que temos uma amizade muito forte e que esta situação ainda nos uniu mais. Tenho muito orgulho nele, já lho disse algumas vezes nos últimos tempos. Ele tem mostrado que é um homem excepcional e um excelente profissional.
E agora tenho de me agarrar à vida, de novo. Não posso desiludir tantas expectativas que se geraram à minha volta.
Um bom domingo para todos os que por aqui passam :-)