width=250 align=right hspace=10>align=justify>Começou com uma brincadeira. O meu
amigo especial, de quem eu por vezes falo, resolveu criar um blog e pediu a minha ajuda.
Mal eu soube das intenções dele, tratei de fazer o mesmo. Criei uma nova identidade, escrevi uns textos
à pressão, juntei-lhes umas imagens adequadas e esperei.
E desesperei. E não resisti. E disse-lhe logo que eram meus e a brincadeira acabou. O blog dele tão depressa começou como acabou, como quase tudo na vida dele!
Mas gostei de escrever aqueles textos. E escrevi outros. E mais outros. E estavam num cantinho onde poucas pessoas os iam ler.
Um dia disseram-me que era uma pena estarem escondidos e eu dei-lhes razão. Passei o blog para o Sapo, onde teria maior destaque. Apenas meia dúzia de pessoas sabiam que aqueles textos eram meus e, confesso, tinha um certo pudor em revelar a origem deles.
Fiquei agradavelmente surpreendida com a receptividade que tive com a mudança. Os comentários foram os melhores possíveis, convidaram-me a escrever noutro blog, escreveram artigos sobre o meu blog, escreveram-me mails a pedir autorização para publicar os meus poemas noutros locais, vi o blog ser
linkado em blogs de países que ainda não descobri...
Esta semana tive a surpresa maior, ao descobrir que
alguém acha que o meu blog é um dos mais criativos...
Tudo isto tem sido algo sem explicação, para mim. O blog cresceu, sem precisar de um nome por trás. Deu-me alegrias, num momento em que a minha vida estava muito complicada, como cheguei aqui a dizer.
Nunca na vida me imaginei a escrever um poema. Nunca imaginei que alguém viesse a gostar de poemas escritos por mim...
Ao tornar-se conhecido, o
Corpos e Almas, trouxe-me um problema: o da dupla identidade, com o qual não sei lidar. Causa-me uma certa confusão que quem por aqui e por lá passa não saiba que se trata de uma só pessoa. Custa-me entrar noutros blogs e não saber com que nome comentar.
Chegou a altura de conhecerem
a minha face negra.